Apresentação

A expedição capitaneada por naturalistas austríacos e bávaros no Brasil foi o mais importante acontecimento científico de alemães no século XIX, e marcou profundamente nossas relações com o mundo germânico. Organizada pelo governo austríaco, por ensejo do casamento da arquiduquesa Leopoldina com o príncipe herdeiro português Pedro de Alcântara, a expedição integrou a comitiva que aqui aportou em 1817, trazendo a futura imperatriz do Brasil. O governo bávaro, que igualmente decidira aproveitar a ocasião do casamento, enviou ao Brasil os naturalistas Spix e Martius, cujas coleções e atividades científicas nas terras brasileiras os tornariam célebres posteriormente. O empreendimento científico estendeu-se por longos 18 anos, até 1835, quando finalmente retornou à Europa Johann Baptist Natterer, o último remanescente da expedição. A iniciativa mobilizou à época vultosos financiamentos e recursos materiais, o que evidenciava os interesses geopolíticos e econômicos dos Estados alemães pelo Brasil no contexto pós-napoleônico. A presente pesquisa lança luz sobre estes interesses, na medida em que amplia a documentação sobre o desenvolvimento das ciências naturais ao longo do processo de formação e consolidação da nação brasileira, respectivamente no período imediatamente anterior e posterior à proclamação de nossa Independência. Para a consecução da presente investigação, a pesquisa se propõe a levantar e analisar documentos sobre a expedição na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

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